sábado, 26 de março de 2011

Sexo Frágil?


Sou o veneno que te agrada, sou a malícia que te seduz, sou teu pior pesadelo e, ao mesmo tempo, teu mais doce sonho. Sou dócil, mas também sou vingativa. Sou tudo o que você mais teme e o que você mais deseja. Sou tudo o que você imagina, ou posso apenas fingir ser... Sou um mistério! Posso ser fraca, mas também bastante forte, se precisar. Alguns dizem que sou delicada, outro que tenho espinhos bem afiados, só depende da pessoa. Dizem que sou confusa, mas isso não é verdade... Confuso é quem não me entende! Tenho a bondade de uma criança e a maldade de um assassino. Tem dias que amo, outros que odeio... Quer saber o nome de seu maior medo e sua maior paixão? Eu me chamo MULHER! E ainda há quem diga que sou sexo frágil.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Da torneira para o papel



Pego a caneta e o papel e começo a escrever; é um vício sem fim. Escrevo pensamentos que estão ansiosos para serem colocados em um mero papel, a torneira de minha imaginação está quebrada, não consigo fechar! Pensamentos e sentimentos jorram no papel, deixando minhas palavras bagunçadas e sem nexo.
Meus textos normalmente são um quebra cabeça, não é meu objetivo tornar-me misteriosa, apenas não posso controlar o que meu coração diz à minha mão, que, nesse momento, está conduzindo a caneta.

Incoerência

Por que a vida precisa ser tão contraditória?
Não sei o que dizer, embora tenha tanto a falar; não sei o que fazer, embora queira abraçá-lo; não sei para onde olhar, embora queira ver a cor de seus olhos.
Por que não posso vencer meus receios e fazer o que meu coração quer? Porque dizem para escutarmos nosso coração, se muita das vezes não podemos obedecê-lo? Por que amamos quem não nos ama e somos amados por quem não amamos? Por que escrevo, se sei que minhas dúvidas não irão desaparecer? A resposta? Simplesmente porque, na vida, tudo se contradiz!

domingo, 13 de março de 2011

Boneca defeituosa


Olhei para a criança na minha frente. Ela parecia estar analisando qual das bonecas estava em perfeito estado, a melhor seria aquela que ela abraçaria, levaria para casa e a amaria durante um bom tempo, depois a esqueceria e procuraria outra boneca. Mesmo sabendo que o fim dessas bonecas ao meu lado sempre será o chão e o cruel esquecimento, eu as invejo com todo o meu ser! Cada partícula de porcelana do meu corpo sente inveja delas. Por que toda criança que me olha, escolhe a boneca ao meu lado ao invés de mim? Não somos todas iguais, afinal?
Um dia, quando um espelho no final da loja quebrou e eles mandaram entregar outro, foi quando eu percebi porque ninguém nunca me escolheu. Dois homens seguravam o pesado espelho até o final da loja, eles passaram por mim e eu pude ver pela primeira vez o meu reflexo, foi então que eu vi o quão horrível eu era.
Sou o pesadelo das fábricas de bonecas, pois sou seu pior erro. Nunca deveria ter sido encaixotada, afinal, quem me compraria? Tenho apenas um olho e onde deveria estar meu segundo olho, está um buraco preto e quebrado, meu rosto de porcelana, que deveria ser delicado e amável, está coberto de arranhões. Sou uma aberração imapaz de receber amor. Agora eu entendo porque todas aquelas crianças que passam por mim me olham assustadas. Eu sou um monstro, sou horrenda, um brinquedo de filme de terror, que se bobiar assustaria até mesmo o Chuck (o boneco assassino).
Não entendo por que nenhum funcionário me tira daqui, todos sabem que ninguém nunca me compraria, já que contrario a caixa em que me puseram. Na caixa está escrito coisas bonitas a meu respeito, mas quando alguém põe os olhos em mim automaticamente sente repulsa. Se eu tivesse lágrimas, seria assim que passaria meus longos e tristes dias dentro desta cruel caixa, chorando. Se eu pudesse falar... Ah, se eu pudesse falar... Já teria exigido que me tirassem deste lugar, que me guardassem bem escondida onde ninguém poderia me ver.
Meses se passaram e eu ainda estava ali, ao meu lado já não havia nenhuma de minhas irmãs. Todas foram compradas, apenas eu permaneci... A prateleira vazia estava sendo preenchida com outras bonecas, mais modernas. Percebi o quanto é triste a vida dessas bonecas, pois elas são obrigadas a falar o que a criança quer escutar e não o que seu coração de plástico ou pano realmente sente. Pelo menos eu podia ficar calada ao invés de mentir para fazer uma criança feliz.
Sou uma boneca quebrada, porém sou de porcelana fina, diferente de outras que foram feitas de plástico. Não minto, igual a muitas outras bonecas.
Só percebi meu verdadeiro valor quando uma criança finalmente me tirou da prateleira, não consigo descrever a felicidade que senti quando ela correu até sua mãe e pediu para me comprar. Confesso que não entendia por que ela estava me escolhendo, afinal eu estava quebrada. Sua mãe me olhou e disse "Filha, essa boneca está quebrada! Procure outra, olhe, aquelas ali falam!". A criança me olhou, seus olhos eram tão puros e cheio de amor para dar. "Mas, mamãe, eu quero esta.", insistiu a criança, ainda me olhando com amor. A mãe suspirou e por fim falou "Tudo bem filha, deixe que eu a ponha no carrinho. Procure outra boneca também". Fui passada para as mãos da mãe. Finalmente alguma criança me amou! Minha futura mamãe, saiu e foi procurar por outra boneca. Fiquei triste por me separar dela, mas tudo bem, sei que em breve ela estará brincando comigo, em breve eu estaria sendo amada...
Estava tão feliz, que não reparei quando a mãe da criança me pôs em uma cesta, onde haviam mais brinquedos igualmente quebrados como eu, que ficava em cima de um balcão. Acho que esta criança tem preferencia por brinquedos defeituosos. Não conseguia ver em que parte da loja eu estava, pois a frente de minha caixa estava virada para baixo, eu estava na escuridão, esperando ansiosa por minha futura mamãe chegar e me olhar novamente com amor. Esperei um bom tempo até que senti a cesta ser levantada, se eu tivesse movimentos na boca, com certeza estaria sorrindo verdadeiramente, diferente deste sorriso falso que puseram em mim. Não pude ver para onde estavam me levando, só estava animada porque finalmente seria retirada desta caixa. Mãos pesadas me viraram para cima, onde pela primeira vez pude ver o teto da loja, confesso que imaginava um teto em melhor estado, este parecia meio queimado... Vi a quem as mãos pesadas pertenciam, era um homem, provavelmente o pai da garotinha. Não consegui ver para onde ele estava indo quando me deixou em um tipo de esteira, o lugar era escuro, excerto por uma claridade que estava na minha frente. A medida que a esteira me levava para frente a claridade ficava maior, o lugar também era quente. Achei que estava no fundo da loja, onde o ar condicionado não funciona, e minha futura mamãe daqui apouco me tiraria desta esteira terrívelmente quente.
Chegou uma hora em que o calor aumentou, e eu entrei na claridade. Onde estava a única criança que me amou? Será que demoraria a chegar? O calor agora me machucava, mal conseguia ver com clareza o plástico de minha caixa sendo aberto. Mas não por mãos humanas como eu pensei, ele estava sendo derretido. Logo senti uma dor insuportável em minha pele de porcelana, a claridade laranja e vermelha estava me envolvendo completamente, meus cabelos loiros e enrolados caídos no ombro agora estavam queimados. Onde estava minha mamãe? Estaria eu sendo abortada? Não, minha futura mamãe não faria isso comigo! Então o que estava contecendo?
Sentia a claridade laranja esquentando cada parte do meu corpo, lutava com meus olhinhos que queriam se fechar. Será que minha mamãe demoraria a chegar? Acho que posso dormir um pouco enquanto ela não vem me buscar... Fechei os olhos e enquanto esperava minha mamãe, dormi eternamente.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Como pode um simples papel conter tanta felicidade?


           Não existe folha de papel suficiente no mundo inteiro para que eu escreva todos os sentimentos que em meu coração explodem. Não existe nenhuma palavra que defina como estou me sentindo. Cada célula do meu corpo está completamente cheia com felicidade, meu coração está repleto de alegria, amor e ao mesmo tempo medo. Tenho medo que, por causa de todo esse amor, eu acabe me deixando levar e termine num sofrimento tão grande quanto a felicidade que estou sentindo. Mas existe um sentimento tão bom reinando em meu corpo que nem isto é capaz de diminuir a felicidade que sinto!
         Nunca sonhei com um sentimento desse, nunca caiu uma lágrima sequer de meus olhos sem que sua origem fosse tristeza ou raiva, no entanto hoje aqui estou, derramando doces lágrimas de felicidade. Esta é a primeira vez que lágrimas escorregam felizes por minha face; e provavelmente a última também.
        Acho que nunca encontrarei felicidade maior, creio que é impossível um ser humano sentir mais felicidade do que eu estou sentindo no momento, pois parece que por pouco eu não explodo e viro felicidade em pó!
        Lágrimas felizes não tem mais por onde correr em meu rosto, elas agora pulam para o papel onde escrevo, adocicando e enchendo de uma inimaginável alegria as palavras que aqui deposito.
        Espero que saboreiem toda a felicidade que nesse texto compartilho, pois em meu coração ainda resta MUITA felicidade a ser compartilhada.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Vozinha, eu te amo!


Pouco sei sobre poesia
Mas para ela abro uma exceção,
A senhora que ganhou meu coração.

Nos cabelos, vê-se as nuvens lá do céu
Nos olhos, um brilho pronto para amar
Nos lábios, um sorriso a fim de contagiar.

É essa senhora que Deus me enviou
Para ensinar-me que o Senhor sempre presente se faz
E para fazer de mim, instrumento de Sua paz.

Seus ensinamentos eu sempre guardarei
Pois felizarda eu sou, disto eu sei,
Por ter aprendido com a melhor catequista
Que com sua imensa devoção à todos conquista.

Vó é como a chamo,
E depois de ter feito tudo por mim
Resta-me dizer: "Vozinha, eu te amo!"

terça-feira, 8 de março de 2011

Mídia

Certo dia, percebi que a mídia está me deixando extremamente hipócrita! Pelo simples fato de o único tema abordado ser apenas sobre coisas ruins, eles só mostram o mundo em seu pior ângulo. Você não vê notícias sobre atos de solidariedade, que com toda certeza existem, porque a única coisa que os telejornais e outros meios de notícias sabem transmitir é sobre quem matou quem na noite de ontem, sobre o prédio que caiu, sobre quantas pessoas morreram em acidentes trágicos... Se só me mostram o pior do mundo como vou saber as coisas boas que nele tem? 
Isto me fez refletir sobre como estou vendo a minha vida, só estou conseguindo ver as coisas ruins que estão acontecendo, pois as coisas boas estão do outro lado de uma densa neblina. Eu não consigo ver, mas sei que lá estão todas as coisas que um dia eu não dei valor ao me preocupar com problemas. Vou atravessar a neblina e ver o mundo com olhos mais maduros, mais felizes. E quando eu voltar, vou dizer a vocês como o mundo é um lugar mágico e repleto de felicidade.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Fuga.

Quero viajar, fugir dos problemas... Sentir os cabelos revoltos pelo vento chicotearem meu rosto.
Quero ver o verde das árvores passando como um borrão por mim. Quero ver e sentir tudo que possa me distrair das complicações que estão me esperando voltar, ansiosas para me devorar com inseguranças e medos. Queria poder congelar esse momento: o vento batendo em meu rosto, levando embora todas as minhas preocupações...Pena que nada disso passa do querer!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Voar


Ás vezes eu só quero fugir, sair voando mundo afora. Procurando vestígios de felicidade no meio de um mundo tão injusto e cruel. Preciso descansar meus ouvidos por escutar tantas coisas ruins, preciso descansar meus olhos fadigados por verem tantas barbaridades. Preciso descansar inteiramente.
Quero sair voando e quando voltar, se voltar, ver quem sentiu minha falta. Seria ótimo se eu pudesse pegar um guarda chuva e flutuar junto com meus pensamentos.
É no silêncio da noite que eu penso em tudo que não consigo pensar durante o dia, é da calma da noite que tenho a resposta que não conseguia achar para meus problemas. Queria voar até o céu, deitar-me em uma nuvem e simplesmente pensar. Refletir sobre o que estou fazendo com minha vida, no que eu preciso melhorar... Eu quero o impossível.