segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Brincando de ABC



Seria irônico de minha parte dizer que não sei escrever? Quer dizer, obviamente sei como se escreve, na teoria. Mas a verdade é que escrever não é simplesmente juntar letras para formar palavras. Escrever é juntar sentimentos acumulados no peito e passá-los para o papel, não para formar palavras e sim para ter um lugar onde guardá-los quando seu coração estiver cheio. Um diário seria o ideal, mas não para mim. Já tentei ter um e não me adaptei; narrar meus dias tediantes como se eles servissem para alguma coisa! E mais: não gosto de escrever o que sinto de forma explícita, sinto-me aberta demais, exposta demais. Qualquer um poderia ler. Por isso não sei escrever, só o que faço é combinar palavras para que fique bonitinho, às vezes algumas palavras contém sentimentos, às vezes são só brincadeira. Escrever é realmente um mistério. Para mim, pelo menos.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cruzado


Andei ao seu lado sem você saber,
Pois não podias me ver.
Não te procurei,
nem sequer precisei!


O destino te jogou para mim,
e foi melhor assim.
Nossos passos eram sincronizados,
Andávamos juntos por lugares diferentes.


Até o dia em que cruzamos,
não nos falamos.
Ainda não era hora,
mas você já sabe agora.


Coincidências nos cercam.
De montes!
São como pontes...
Que tentam nos unir.


Nossos caminhos eram cruzados.
Ainda por serem separados!
Eu sempre estive com você,
apesar de me esconder.
Se algo acontecer,
eu vou interceder!


Hoje posso lhe abraçar,
E juntos podemos falar.
Nunca tivemos esta oportunidade,
O que está em suas mãos, agora, é a verdade.


Faça bom proveito dela,
pois posso ver pela janela
o desenrolar desta complicada novela.


O passado nos espera
trazendo consigo
tudo o que estava perdido.
Tornando-se um amigo.

Os outros e nós.


Conversa boba para os outros, mas importante para nós.
Momento normal para dos outros, mas diferente para nós.
Foto simples para os outros, mas rara para nós.
Abraço cotidiano para os outros, mas especial para nós.
Sorriso comum para os outros, mas fraterno para nós.
Sentimentos fáceis para os outros, mas únicos para nós.

"Para nós" ou "Para mim"?

Destino.



O dia tão esperado chegou,

medo nasce em seu coração
e por segurança ela clamou.
Aguardando o retorno da razão.



Ela esperou sua vida inteira por este momento!
O abraço aconchegante.
Desajeitado. Tímido... Perfeito.
Fazendo assim surgir,
um bonito sentimento.
Verdadeiro dentro de seu peito.



O mundo parou,
mesmo sem os conhecer
ela sempre os amou.
O abraço sincero irá permanecer.
Pelo menos assim ela desejou.



Não sabia se sentiam o mesmo,
nem lhe importava saber.
Ela iria os conhecer.



Ela só queria abraçá-los,
Coisa que nunca pôde fazer.
Sentiu algo que nunca sentira antes:
O amor. Não um amor comum, não...
Este era um amor mais belo, puro, virgem.
Um amor direto de sua origem.



Ela estava completa,
Para isso fora seleta.
Era seu destino!
Destino feliz. Destino triste.
Destino único. Destino confuso.
Destino...



Tudo estava resolvido;
Quisera ela... Quisera ela...
Mal sabia que este feliz drama estava apenas começando.
Era um problema querido.



Problema?
Se isto é um problema, por que ela sorri pelos cantos?
Por que nisso existem encantos?
Por quê? Por quê?



Por que sem resposta.
Felicidade exposta.
Medo sem ferida.
Alegria contida.
Sofrimento sem razão.
Ausência tem perdão!



Sentimentos e mais sentimentos...
Confusos, obscuros.
São apenas sentimentos...
De uma pessoa cheia de elementos.



Elementos bons ou ruins?
Ela não poderia dizer...
Como dizer algo sem saber?
Como fazer o sentimento amadurecer?
Como viver esta felicidade insana?
Como fazer tudo ficar bem?
Como não ferir ninguém?



Ela precisa viver,
Um dia de cada vez.
Para isso descobrir:
Não há como se ferir.



Pelo menos eu espero que não...
Do fundo de meu coração.

Ausência.




É pecado querer preservar o ausente?

É pedir muito um pouco de compreensão?
É ruim tentar deixá-lo presente?
É bom para meu coração?




A incompreensão mata,
O ciúme impuro remata.
Por que ela não entende?
Não estou abandonando ninguém!
Eu sou a refém.



Refém do medo.
Refém da saudade
Refém da felicidade
Refém do tarde e do cedo
Refém... de ninguém.



Não tenho morada.
Às vezes me sinto em casa,
Às vezes a solidão queima em brasa.
Às vezes sou amada,
outras, abandonada.



Mas será isso a realidade?
Ou será uma insegurança de minha mente?
A felicidade é crente,
É aquilo que você acredita fielmente.



Então o que vivo é real?
Espero que não!
Pois felicidades tristes são.



Onde moro?
Onde está a minha casa?
Sou um pássaro voando sem asa.



Se permitir, a ausência pode doer,
Isso que ela precisa entender!
Quero preservar a presença,
Esta é minha crença.



Respeito.
Preciso saber onde encontrar
Num mundo cheio de despeito.
Deixe-me amar!

domingo, 8 de maio de 2011

Sonhe.

Seus sonhos estão na palma de sua mão, é você quem decide se ele continuará guardado. Lembre-se: sonhos não foram feitos para enfeitar uma prateleira, foram feitos para serem realizados.

sábado, 2 de abril de 2011

Tempo de Criança


Tenho saudade do tempo de criança,
Onde tudo era esperança,
E meu coração agora clama
Por estes tempos que não voltam mais.

E se disserem que eu cresci,
Que amei e que sofri
Digo simplesmente que o suficiente ainda não vivi;
Digo que me falta experiência e que ainda sou
Desprovida de consciência.

Recuso-me a crescer e descobrir
Que a vida é um cenário confuso,
Completamente difuso e até obtuso.

Sinto que não estou pronta para de fato proclamar
A palavra que tanto me assombra e amedronta.
Ainda é cedo para isto eu acatar.
Não estou pronta para dizer que cresci e que a vida já vivi,
Então disso tudo eu fugi.

(Ana Beatriz Queiroz)

sábado, 26 de março de 2011

Sexo Frágil?


Sou o veneno que te agrada, sou a malícia que te seduz, sou teu pior pesadelo e, ao mesmo tempo, teu mais doce sonho. Sou dócil, mas também sou vingativa. Sou tudo o que você mais teme e o que você mais deseja. Sou tudo o que você imagina, ou posso apenas fingir ser... Sou um mistério! Posso ser fraca, mas também bastante forte, se precisar. Alguns dizem que sou delicada, outro que tenho espinhos bem afiados, só depende da pessoa. Dizem que sou confusa, mas isso não é verdade... Confuso é quem não me entende! Tenho a bondade de uma criança e a maldade de um assassino. Tem dias que amo, outros que odeio... Quer saber o nome de seu maior medo e sua maior paixão? Eu me chamo MULHER! E ainda há quem diga que sou sexo frágil.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Da torneira para o papel



Pego a caneta e o papel e começo a escrever; é um vício sem fim. Escrevo pensamentos que estão ansiosos para serem colocados em um mero papel, a torneira de minha imaginação está quebrada, não consigo fechar! Pensamentos e sentimentos jorram no papel, deixando minhas palavras bagunçadas e sem nexo.
Meus textos normalmente são um quebra cabeça, não é meu objetivo tornar-me misteriosa, apenas não posso controlar o que meu coração diz à minha mão, que, nesse momento, está conduzindo a caneta.

Incoerência

Por que a vida precisa ser tão contraditória?
Não sei o que dizer, embora tenha tanto a falar; não sei o que fazer, embora queira abraçá-lo; não sei para onde olhar, embora queira ver a cor de seus olhos.
Por que não posso vencer meus receios e fazer o que meu coração quer? Porque dizem para escutarmos nosso coração, se muita das vezes não podemos obedecê-lo? Por que amamos quem não nos ama e somos amados por quem não amamos? Por que escrevo, se sei que minhas dúvidas não irão desaparecer? A resposta? Simplesmente porque, na vida, tudo se contradiz!

domingo, 13 de março de 2011

Boneca defeituosa


Olhei para a criança na minha frente. Ela parecia estar analisando qual das bonecas estava em perfeito estado, a melhor seria aquela que ela abraçaria, levaria para casa e a amaria durante um bom tempo, depois a esqueceria e procuraria outra boneca. Mesmo sabendo que o fim dessas bonecas ao meu lado sempre será o chão e o cruel esquecimento, eu as invejo com todo o meu ser! Cada partícula de porcelana do meu corpo sente inveja delas. Por que toda criança que me olha, escolhe a boneca ao meu lado ao invés de mim? Não somos todas iguais, afinal?
Um dia, quando um espelho no final da loja quebrou e eles mandaram entregar outro, foi quando eu percebi porque ninguém nunca me escolheu. Dois homens seguravam o pesado espelho até o final da loja, eles passaram por mim e eu pude ver pela primeira vez o meu reflexo, foi então que eu vi o quão horrível eu era.
Sou o pesadelo das fábricas de bonecas, pois sou seu pior erro. Nunca deveria ter sido encaixotada, afinal, quem me compraria? Tenho apenas um olho e onde deveria estar meu segundo olho, está um buraco preto e quebrado, meu rosto de porcelana, que deveria ser delicado e amável, está coberto de arranhões. Sou uma aberração imapaz de receber amor. Agora eu entendo porque todas aquelas crianças que passam por mim me olham assustadas. Eu sou um monstro, sou horrenda, um brinquedo de filme de terror, que se bobiar assustaria até mesmo o Chuck (o boneco assassino).
Não entendo por que nenhum funcionário me tira daqui, todos sabem que ninguém nunca me compraria, já que contrario a caixa em que me puseram. Na caixa está escrito coisas bonitas a meu respeito, mas quando alguém põe os olhos em mim automaticamente sente repulsa. Se eu tivesse lágrimas, seria assim que passaria meus longos e tristes dias dentro desta cruel caixa, chorando. Se eu pudesse falar... Ah, se eu pudesse falar... Já teria exigido que me tirassem deste lugar, que me guardassem bem escondida onde ninguém poderia me ver.
Meses se passaram e eu ainda estava ali, ao meu lado já não havia nenhuma de minhas irmãs. Todas foram compradas, apenas eu permaneci... A prateleira vazia estava sendo preenchida com outras bonecas, mais modernas. Percebi o quanto é triste a vida dessas bonecas, pois elas são obrigadas a falar o que a criança quer escutar e não o que seu coração de plástico ou pano realmente sente. Pelo menos eu podia ficar calada ao invés de mentir para fazer uma criança feliz.
Sou uma boneca quebrada, porém sou de porcelana fina, diferente de outras que foram feitas de plástico. Não minto, igual a muitas outras bonecas.
Só percebi meu verdadeiro valor quando uma criança finalmente me tirou da prateleira, não consigo descrever a felicidade que senti quando ela correu até sua mãe e pediu para me comprar. Confesso que não entendia por que ela estava me escolhendo, afinal eu estava quebrada. Sua mãe me olhou e disse "Filha, essa boneca está quebrada! Procure outra, olhe, aquelas ali falam!". A criança me olhou, seus olhos eram tão puros e cheio de amor para dar. "Mas, mamãe, eu quero esta.", insistiu a criança, ainda me olhando com amor. A mãe suspirou e por fim falou "Tudo bem filha, deixe que eu a ponha no carrinho. Procure outra boneca também". Fui passada para as mãos da mãe. Finalmente alguma criança me amou! Minha futura mamãe, saiu e foi procurar por outra boneca. Fiquei triste por me separar dela, mas tudo bem, sei que em breve ela estará brincando comigo, em breve eu estaria sendo amada...
Estava tão feliz, que não reparei quando a mãe da criança me pôs em uma cesta, onde haviam mais brinquedos igualmente quebrados como eu, que ficava em cima de um balcão. Acho que esta criança tem preferencia por brinquedos defeituosos. Não conseguia ver em que parte da loja eu estava, pois a frente de minha caixa estava virada para baixo, eu estava na escuridão, esperando ansiosa por minha futura mamãe chegar e me olhar novamente com amor. Esperei um bom tempo até que senti a cesta ser levantada, se eu tivesse movimentos na boca, com certeza estaria sorrindo verdadeiramente, diferente deste sorriso falso que puseram em mim. Não pude ver para onde estavam me levando, só estava animada porque finalmente seria retirada desta caixa. Mãos pesadas me viraram para cima, onde pela primeira vez pude ver o teto da loja, confesso que imaginava um teto em melhor estado, este parecia meio queimado... Vi a quem as mãos pesadas pertenciam, era um homem, provavelmente o pai da garotinha. Não consegui ver para onde ele estava indo quando me deixou em um tipo de esteira, o lugar era escuro, excerto por uma claridade que estava na minha frente. A medida que a esteira me levava para frente a claridade ficava maior, o lugar também era quente. Achei que estava no fundo da loja, onde o ar condicionado não funciona, e minha futura mamãe daqui apouco me tiraria desta esteira terrívelmente quente.
Chegou uma hora em que o calor aumentou, e eu entrei na claridade. Onde estava a única criança que me amou? Será que demoraria a chegar? O calor agora me machucava, mal conseguia ver com clareza o plástico de minha caixa sendo aberto. Mas não por mãos humanas como eu pensei, ele estava sendo derretido. Logo senti uma dor insuportável em minha pele de porcelana, a claridade laranja e vermelha estava me envolvendo completamente, meus cabelos loiros e enrolados caídos no ombro agora estavam queimados. Onde estava minha mamãe? Estaria eu sendo abortada? Não, minha futura mamãe não faria isso comigo! Então o que estava contecendo?
Sentia a claridade laranja esquentando cada parte do meu corpo, lutava com meus olhinhos que queriam se fechar. Será que minha mamãe demoraria a chegar? Acho que posso dormir um pouco enquanto ela não vem me buscar... Fechei os olhos e enquanto esperava minha mamãe, dormi eternamente.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Como pode um simples papel conter tanta felicidade?


           Não existe folha de papel suficiente no mundo inteiro para que eu escreva todos os sentimentos que em meu coração explodem. Não existe nenhuma palavra que defina como estou me sentindo. Cada célula do meu corpo está completamente cheia com felicidade, meu coração está repleto de alegria, amor e ao mesmo tempo medo. Tenho medo que, por causa de todo esse amor, eu acabe me deixando levar e termine num sofrimento tão grande quanto a felicidade que estou sentindo. Mas existe um sentimento tão bom reinando em meu corpo que nem isto é capaz de diminuir a felicidade que sinto!
         Nunca sonhei com um sentimento desse, nunca caiu uma lágrima sequer de meus olhos sem que sua origem fosse tristeza ou raiva, no entanto hoje aqui estou, derramando doces lágrimas de felicidade. Esta é a primeira vez que lágrimas escorregam felizes por minha face; e provavelmente a última também.
        Acho que nunca encontrarei felicidade maior, creio que é impossível um ser humano sentir mais felicidade do que eu estou sentindo no momento, pois parece que por pouco eu não explodo e viro felicidade em pó!
        Lágrimas felizes não tem mais por onde correr em meu rosto, elas agora pulam para o papel onde escrevo, adocicando e enchendo de uma inimaginável alegria as palavras que aqui deposito.
        Espero que saboreiem toda a felicidade que nesse texto compartilho, pois em meu coração ainda resta MUITA felicidade a ser compartilhada.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Vozinha, eu te amo!


Pouco sei sobre poesia
Mas para ela abro uma exceção,
A senhora que ganhou meu coração.

Nos cabelos, vê-se as nuvens lá do céu
Nos olhos, um brilho pronto para amar
Nos lábios, um sorriso a fim de contagiar.

É essa senhora que Deus me enviou
Para ensinar-me que o Senhor sempre presente se faz
E para fazer de mim, instrumento de Sua paz.

Seus ensinamentos eu sempre guardarei
Pois felizarda eu sou, disto eu sei,
Por ter aprendido com a melhor catequista
Que com sua imensa devoção à todos conquista.

Vó é como a chamo,
E depois de ter feito tudo por mim
Resta-me dizer: "Vozinha, eu te amo!"

terça-feira, 8 de março de 2011

Mídia

Certo dia, percebi que a mídia está me deixando extremamente hipócrita! Pelo simples fato de o único tema abordado ser apenas sobre coisas ruins, eles só mostram o mundo em seu pior ângulo. Você não vê notícias sobre atos de solidariedade, que com toda certeza existem, porque a única coisa que os telejornais e outros meios de notícias sabem transmitir é sobre quem matou quem na noite de ontem, sobre o prédio que caiu, sobre quantas pessoas morreram em acidentes trágicos... Se só me mostram o pior do mundo como vou saber as coisas boas que nele tem? 
Isto me fez refletir sobre como estou vendo a minha vida, só estou conseguindo ver as coisas ruins que estão acontecendo, pois as coisas boas estão do outro lado de uma densa neblina. Eu não consigo ver, mas sei que lá estão todas as coisas que um dia eu não dei valor ao me preocupar com problemas. Vou atravessar a neblina e ver o mundo com olhos mais maduros, mais felizes. E quando eu voltar, vou dizer a vocês como o mundo é um lugar mágico e repleto de felicidade.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Fuga.

Quero viajar, fugir dos problemas... Sentir os cabelos revoltos pelo vento chicotearem meu rosto.
Quero ver o verde das árvores passando como um borrão por mim. Quero ver e sentir tudo que possa me distrair das complicações que estão me esperando voltar, ansiosas para me devorar com inseguranças e medos. Queria poder congelar esse momento: o vento batendo em meu rosto, levando embora todas as minhas preocupações...Pena que nada disso passa do querer!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Voar


Ás vezes eu só quero fugir, sair voando mundo afora. Procurando vestígios de felicidade no meio de um mundo tão injusto e cruel. Preciso descansar meus ouvidos por escutar tantas coisas ruins, preciso descansar meus olhos fadigados por verem tantas barbaridades. Preciso descansar inteiramente.
Quero sair voando e quando voltar, se voltar, ver quem sentiu minha falta. Seria ótimo se eu pudesse pegar um guarda chuva e flutuar junto com meus pensamentos.
É no silêncio da noite que eu penso em tudo que não consigo pensar durante o dia, é da calma da noite que tenho a resposta que não conseguia achar para meus problemas. Queria voar até o céu, deitar-me em uma nuvem e simplesmente pensar. Refletir sobre o que estou fazendo com minha vida, no que eu preciso melhorar... Eu quero o impossível.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Monstro!

Tenho saudade da época em que todas as minhas preocupações resumiam-se ao monstro embaixo da minha cama. Mal eu sabia, que esse monstro se multiplicaria quando eu crescesse, e ele teria várias formas e me atingiria de várias maneiras possíveis.
Agora, o monstro que estava apenas de baixo de minha cama, já está na escola, na rua, na família e até nos meus pensamentos. O monstro que era apenas conhecido por "Bicho Papão" já tem outros nomes e formas: preocupação, dor de cabeça, desilusão, raiva, mágoa, tristeza e outros igualmente ruins.
Deixei o monstro crescer e agora para onde eu viro, eu vejo uma de suas formas. Ele quer me dominar, deixar-me refém de suas maldades... Fazer-me sofrer.
Ele ainda está aqui, embaixo de minha cama... esperando eu por o braço para fora. Ele quer me pegar e por coisas ruins em minha cabeça, ele quer me deixar com medo da vida, medo dos riscos. Ele simplesmente quer sugar toda a felicidade, deixando-me somente com o medo. Não posso deixar que ele faça isso! Ele não pode ficar com a minha felicidade!
Mas como posso me livrar de algo que cresceu tanto? Simplesmente não vou mais acreditar nele, nas preocupações e mágoas que ele me faz ter. Simplesmente não acredito no monstro que que vive embaixo de minha cama! Ele não pode me causar: preocupações, mágoas, raiva. Ele não tem esse poder sobre mim! EU decido a minha vida, EU decido se fico triste ou feliz. Sou EU! Não é nenhum monstro que vai decidir por mim. Então, Bicho Papão, sai da minha vida! Você não pode fazer nada comigo, pois VOCÊ NÃO EXISTE!
Os problemas são reais sim, é claro que são. Mas não existe nenhum monstro que imponha problemas a nós. Se ficamos triste, não é por causa do monstro e sim porque temos sentimentos! É isso que nos torna humanos. Não adianta culpar um monstro imáginario que você tinha medo quando criança, pois ele não existe, somente você é responsável por seus sentimentos. Você só fica triste se quiser, só se magoa se quiser e só se preocupa se quiser, ninguém pode obrigá-lo a sentir algo. Então não perca seu tempo tentando enfrentar monstros que não existem, pois a única coisa que você precisa enfrentar, é a vida!

Abraço

Só o que eu queria era te abraçar, dizer o quanto és especial em minha vida. Por mais que não saiba disso...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sua vida em quatro fases:

É meu amigo... Se cuide!

Computador X Boletim


NOME: Computador

FUNÇÃO: Acabar com seu boletim

***

NOME : Boletim

FUNÇÃO : Te deixar sem computador

Realidade


Será um sonho? Ou apenas ilusão?
Não sei, e temo descobrir a resposta. Pois eu sei que de qualquer forma não é real.
Sinto seu abraço confortavel, o amor resplandecendo no inicio de uma bela amizade.
Sinto carinho, o meu e o seu. Não sei expressar em palavras a felicidade que sinto apenas em poder lhe tocar, lhe abraçar. Não quero te largar, preciso recuperar o tempo perdido, o tempo em que não pude demonstrar amor... O amor amigo, o amor fraterno e o amor protetor.
Sei que não posso pedir para você gostar de mim. Como poderia? Mas posso sonhar com seu carinho,
sua aceitação e sua amizade.
 Então é isso... Apenas uma ilusão, um belo sonho. A realidade é triste... E ela me espera para enfrentá-la.
Não posso me dar ao luxo de sonhar com algo fora de meu alcance. Preciso encarar a cruel e terrível realidade, preciso me preparar para a batalha que está por vir. A batalha em busca de aceitação.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Amor assassino

Ela olhou para seu namorado, ele parecia distante... Com os pensamentos em outra coisa.

- No que você está pensando, amor? - perguntou ela, acariciando seus cabelos.

Ele sorriu. No canto desse sorriso, ela viu que ele estava escondendo algo.

Estaria ele a traindo? Deixando de amá-la?

- Nada de importante. - respondeu.

Desconfiada, ela voltou a fazer carinho em seus cabelos. O que estaria acontecendo com ele? Seus pensamentos estavam longe...

- Carlos, conte-me o que está havendo. Eu quero ajudá-lo! - insistiu.

- Não está acontecendo nada, eu já disse! - gritou ele.

Carlos nunca havia gritado com ela, nem mesmo dado uma resposta torta. No entanto lá estava ele, gritando com sua namorada.

Uma lágrima brotou no canto de seus olhos. Carlos imediatamente arrependeu-se de ter gritado.

- Desculpe-me! É que as vezes você é tão...

- Ciumenta? Possessiva? Preocupada? - ela o interrompeu - Você sabia de tudo isso quando me pediu em namoro!

- Eu sei! Mas as coisas mudaram...

Ela se assustou. Como assim mudaram? O que poderia ter mudado?

- Carlos, você está terminando comigo? - perguntou, assustada.

- Não. Só estou dizendo que as coisas mudaram, Amanda. Só isso.

- O que mudou? Seus sentimentos? - perguntou Amanda.

Carlos abaixou a cabeça.

- Nada, esqueça. Anda, vamos para casa!

Ele estava certo, já era hora de estar em casa. Os pais de Amanda ficariam preocupados e a praça já estava deserta.

Amanda se levantou e Carlos a deixou em sua casa.


O que estaria acontecendo com ele?, pensou Amanda, deitada em sua cama. Será que ele não a amava mais? Será que havia outra em seu lugar? Mas Amanda nunca permitiria isso, ela iria descobrir se estava sendo traída. Várias punições passaram-se pela cabeça de Amanda, um sorriso maléfico surgiu em seus lábios. Estava ela, bolando um plano contra seu futuro noivo? Sim!

No dia seguinte, Amanda foi até a casa de Carlos, silênciosamente espiou pela janela. Ele parecia estar falando no telefone. Ignorando o barulho dos carros, Amanda tentou escutar o que ele falava.

- Sim, eu sei que é arriscado!... Mas o que isso importa?... Não, eu não tenho medo dele!... Só o que me importa é você... Também te amo!... Tudo bem, vou aí te encontrar. Me espere!

Amanda observou Carolos trocar de roupa e sair da casa. Sem ser percebida, ela o seguiu até uma lanchonete, não muito longe de sua casa. Ela observou do lado de fora, Carlos sentou-se na mesa onde estava uma linda mulher. Tomada pela fúria, Amanda entrou na lanchonete e sentou-se atrás de Carlos, com o cardápio no rosto, afim de não ser reconhecida.

Sua atenção estava voltada completamente na conversa dos dois que não percebeu quando um homem sentou-se ao seu lado.

- Importa-se? - ele perguntão.

Ela disse que não e ele fez exatamente o que Amanda fazia, pôs o cardápio no rosto. Achou esquisito, mas voltou a prestar atenção na conversa dos dois.

- Não, Clara! Eu vou terminar com ela assim que você terminar com seu namorado. Não quero mais esconder isso de ninguém! Nosso amor merece ser reconhecido.

- Mas, Carlos, entenda! Não posso terminar o namoro com Marcus, sem nenhum motivo plausível. Não espere que eu diga que o estava traíndo! Pois não farei isso, não seria capaz de magoá-lo desse modo.

- Então fuja comigo, apenas por um dia! Vamos nos esconder em um hotel...

- Tudo bem, eu aceito. Mas e se ele desconfiar?

- Não se preocupe, eu cuido de você.

Eles tinham terminado a conversa e já estavam saindo, Amanda continuou com o rosto escondido no cardápio, até eles sairem. Só depois ela viu quem estava ao meu lado, era um homem bonito, bem apresentado.

- Olá, qual é o seu nome? - perguntou.

- Olá, sou Marcus. E você bela moça?

Amanda sorriu maléficamente.

- Sou Amanda. O que acha de nos juntarmos e... Dar uma lição em algumas pessoas?

***
Amanda sorria empolgadamente, daqui a alguns minutos o show começaria... Escondeu-se no armário do quarto, esperando por seu amado.
Ouviu um barulho na sala, perfeito! Eles chegaram. Amanda podia ouvir a voz de Carlos, falando coisas bonitas para aquela mulherzinha, coisas que ele só deveria dizer a ela!

- Querida, espere aqui. Tenho uma surpresa para você, não vá para o quarto!

Era agora! Amanda já estava preparada, observou enquanto Carlos pegava o champanhe, igual a uma onça observando sua presa, analisando o melhor ângulo para pular nela. Aproveitou que Carlos estava de costas e saiu silênciosamente do armário e delicadamente o abraçou por trás.

- Eu disse para você esperar na sala! Estragou a surpresa, amor.

Amanda sorriu, Carlos ainda não havia percebido que era ela. Então Amanda o jogou na cama violentamente, ele foi pego de surpresa.

- Mas o que... - ele começou.

- É o seguinte, é melhor você ficar calado ou a sua namoradiha morre. É isso aí, meu cumplice está na sala, com ela nesse exato momento, escondido, e se você fizer algum barulho se quer ele vai matá-la!

Amanda odiou quando Carlos obedeceu, ele preferia arriscar sua vida glamorosa pela vidinha daquela hipócrita! Ela deitou-se ao lado de Carlos na cama.

- Seria tudo mais simples se você não tivesse me trocado por aquela mulherzinha que não tem futuro! Eu lhe dei várias chances para perceber que você não pode viver sem mim, mas você insistiu em me contrariar...

- Amanda, o que você vai fazer? - ele perguntou, temeroso.

Ela secretamente adorou ouvir o medo na voz de Carlos, ele realmente temia por sua vida...

- Eu vou lhe dar uma última chance. Largue a garota e case-se comigo. Pensa bem, você vai ganhar muito mais ao meu lado, ela não tem nada para lhe oferecer.

- Nunca! Ela tem mais a me oferecer do que você, ela tem amor.

... Mas não temia o suficiente para deixar aquela garota!

- Bom, sendo assim não tenho outra escolha. - dizendo isso, Amanda o amarrou na cama.

Carlos não se pronunciou nenhuma vez, ele queria realmente que a garota vivesse... Bom, que pena para ele.
Amanda saiu do quarto e foi até Marcus. Nossa, ele fez um ótimo trabalho por aqui! A garota já estava amarrada e ele acariciava delicadamente seus cabelos.

- Tudo pronto, leve-a para o quarto. - disse ela e voltou para Carlos.

Assim que Carlos viu sua amada entrando no quarto, amarrada, ele gritou:

- NÃO TOQUE NELA! VOCÊ ME DISSE QUE ELE NÃO A MATARIA SE EU FICASSE EM SILÊNCIO!

Amanda sorriu e foi até Carlos, delicadamente beijou seus lábios. Mas foi rejeitada, pois ele cuspiu em seu rosto.

- Você não está ajudando, meu amor... - ela limpou o cuspe do rosto e pegou a garota de Marcus, jogou-a na cama sem a minima delicadeza.

- Vê isso, Marcus? Os dois pombinhos juntos... Que lindo... PARA VOCÊS! Seria tão mais simples se você não me traísse, Carlos. E você, sua mulherzinha sem valor, se não tivesse traído Marus, não estaria aí.

- Verdade! Por que você fez isso comigo, Clara? Depois de tudo o que passamos juntos! - Marcus gritou e tirou a fita da boca de sua namorada, ou ex-namorada. Que seja!

- Porque eu amo Carlos! Lamento que isso causou dor a vocês, mas nós nos amamos.

- Bom, isso é uma pena. - disse Amanda, pegando duas facas e entregando uma a Marcus - Desfrutem de seus últimos momentos juntos... Sofrendo!

Ao dizer isso, Amanda esfaqueou Clara. Com toda a sua fúria! Marcus fez o mesmo com Carlos. O sangue de Clara espirrava no rosto de Amanda. Ela gostava disso, do sangue em seu rosto... Do sangue manchando a colcha branca. Ela nunca quis se tornar uma assassina, nunca quis matar ninguém. No entando, eles pediram por isso.
Depois de constatarem que Clara e Carlos estavam realmente mortos, Amanda olhou para Marcus. O rosto dele estava coberto com o sangue de seu amado Carlos e o de Amanda, coberto com o sangue da amada de Marcus.
Eles trocaram um sorriso confidente e deixaram a faca cair no chão. Marcus aproximou-se de Amanda, ela podia sentir o sangue de Carlos nos lábios de Marcus, aquilo a deixou louca. Num ato doentio de uma mente doentia, Amanda grudou seus lábios nos de Marcus, saboreando o sangue do amado. Marcus correspondeu ao beijo do mesmo modo e pelo mesmo motivo. Ambos despediam-se de seus amores através do beijo ensanguentado.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Coração apaixonado.

Ele ligou para ela.

- Alô?
- Oi! Me escuta antes de desligar, por favor!
- Não tenho mais nada para falar, já disse que acabou.
- Ao menos me diga porque.
- Simplesmente cansei de sofrer. Você acha que é fácil ver você flertando com uma garota toda vez que saimos?
- Eu mudei, por favor, me dê mais uma chande.
- Não soube dar valor e agora me perdeu, otário!
- Só quando perdemos alguém é que percebemos o quanto essa pessoa é importante em nossas vidas.
- Pensasse nisso antes de ser um mulherengo de merda!

A menina desligou. Ela sentia falta dele, mas estava cansada de passar noites e noites chorando por sua causa. A garota decidiu esquecê-lo de vez, então passou a namorar um menino mais novo para destrair-se desta paixão.
Certo dia, quando estava andando de mãos dadas com seu namorado pela escola, seu amado foi até ela.

- Precisamos conversar.
- Se você não percebeu, não temos mais nada para conversar!
- Me dê apenas um minuto, é só o que eu peço. Se você não voltar para mim, eu desisto.

Ela separou-se do namorado e foi falar com eu ex.

- O que é?
- Eu queria saber se você está feliz com esse pirralho.
- Ele não me faz sofrer, como você faz.
- Não perguntei isso, perguntei se você está feliz com ele!

A menina abaixou a cabeça.

- Volta para mim?
- Você quis dizer: Volta a sofrer de novo? Não, muito obrigada.
- Só me diz se esse garoto daria a vida por você.
- Ele não faria isso, mas você também não!
- Quando você vai entendeu que eu te amo?
- Se me amasse não me trataria como mais uma!
- E eu não trato! Já me viu implorar por alguma menina?
- Eu já disse que não vou voltar com você, garoto! Me esquece!

Ela deu as costas a ele e voltou para seu namorado.

Um mês se passou. 

A garota descobriu que tinha problemas cardiacos e precisava de um coração novo urgentemente, mas a fila era grande! Certo dia, sua mãe recebeu uma ligação. Havia surgido um doador! A garota foi imediatamente para o hospital fazer a operação.
Quando ela acordou naquele quarto de hospital, viu sua mãe ao seu lado.

- Bom dia, querida.
- Oi mãe. Eu queria saber quem foi o doador, para que de algum modo eu o agradeça por me deixar viver.

Ela estava feliz, tinha um novo coração que batia saudável em seu peito.

- Querida, o doador é anonimo. Olhe, chegou estas flores para você.

A garota pegou as flores, já imaginando quem as mandou. Apenas ele sabia qual era sua flor favorita, ela cheirou as flores e pegou o cartão. Lágrimas rolaram de seus olhos, enquanto ela lia. Sua mão pousava apaixonadamente em seu peito, onde o novo coração pulsava.

Seu namorado pode não dar a vida por você, mas eu dou a minha! Meu coração é seu, como sempre foi. Aproveite sua vida e não chore por mim, pois eu estou feliz apenas em lhe fazer feliz! Eu sempre vou te amar, por mais que não seja correspondido.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Selo

O blog recebeu seu primeiro selo *-*. Eu recebi da Larissa, minha amiga virtual e leitora. Olha só como é legal:

1} Dar o link de quem indicou: Confessions

2} Lista:

Nome: Ana Beatriz
Onde você está? Na sala

O que está vestindo? short e blusa

Cor das unhas? Azul descascado.
Uma banda? paramore
Um(a) ator(a)? Ian Somerhalder

Um programa? Gossip Girl




3} Blogs que indico e que presenteio com este selo: Dah! No Ninho , A dimensão mágica , Dreamcatcher

domingo, 30 de janeiro de 2011

Cativar é amar.


É, cativar significa criar laços. Não importa quem é a pessoa, seu amigo, seu namorado (a), seu parente. Não importa sua cor, idade ou tamanho.
Cativar, é na verdade amar. Por isso "cativar" está quase sempre esquecido, as pessoas normalmente usam "eu te amo" ou "amo você". Mas você nunca escuta ninguém dizendo "você me cativou, por isso eu te amo". Esse é o real sentido de amar, pois você só ama quem o cativou e só é amado por quem foi cativado. O amor gira em torno dessa palavra tão simples, bonita, porém pouco usada chamada "cativar".

És eternamente responsável pelo que cativas.
Você só conhece bem as coisas que cativou.
Você corre o risco de chorar quando se deixa cativar.
Se me cativares, tu serás para mim único no mundo e eu serei para ti única no mundo.
Se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.



Essas cinco frases são do Livro/Filme "O pequeno principe".

Nos teus 15 anos.

Minha avó me fez um poema, eu achei lindo e resolvi postar aqui.
PS: Minha vó não é essa da foto.


Neta minha querida,
Nesta data venturosa
Em que chegou tua festa
Quero dizer-te um segredo:

O que eu mais quero na vida,
E peço a Deus pressurosa
É que tenhas muitos amigos
E que sejas virtuosa.

Que hoje e em cada dia
Tenhas sempre Jesus presente
E que isto te traga alegria.

Procura a raiva vencer,
Seja sempre boa e amiga
Pois da vida o que levamos
São a bondade e o perdão
Que nos fazem mais humanos,
E também mais cristão.

Jesus que só nos ama
Sempre nos dá recompensa.
Mesmo que se caia na lama,
Vem abraçar com bondade
Aquele que busca confiante
Seu perdão e amizade.

Que nos estudos Te ajude.
Que tenhas sempre alegria,
Que tenhas muita saúde.
Que seja eterno o teu dia.

(Edelburga Queiroz)


Lindo né? É realmente um testamento de vida.

Agradecimento à escrita.

É na escrita que eu me conforto, é nela que eu despejo todos os meus sentimentos, pensamentos e opiniões. É ela que me ajuda nos momentos difíceis!
A escrita nada mais é do que uma amiga, esta é uma boa definição para ela, pois me ampara, me alegra e alivia todas as minhas tensões. Ouso dizer que a escrita é uma ótima melhor amiga, pois ela não tem outros problemas para se preocupar além de os meus próprios. É egoísmo de minha parte impor meus problemas para a escrita? Acho que não, já que ela me ajuda com prazer.
Queria poder abraçar-lá e dizer-lhe "Muito Obrigado!", mas como não posso lhe tocar nem escutar sua voz, apenas resta-me escrever um agradecimento:
    Muito obrigado, escrita, por ser meu consolo todos os dias em que preciso. Muito obrigado por me ajudar a liberar todos os meus segredos e complicações. Apenas... Muito obrigado!

(Ana Beatriz Queiroz)

.


- Bom dia tristeza! posso entrar? Hoje vim com a saudade para te visitar... Agora, que a alegria viajou, depois que o amor morreu,viemos encontrar-te, querida e velha amiga...


- Visitar-me!... - diz tristeza - não me diga!... Ora velha!...Enganou-se com certeza, pois também estou de partida, vou morar com a esperança,que ainda é minha amiga!


( Zoraida H. Gimarães)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Platônico.

Lá estava ele, correndo pela quadra... Ele passou do meu lado e jogou os cabelos para trás. Minhas pernas ficaram bambas e eu me escondi atrás do meu livro, ele encarava a novata. Aquilo me deixou com ciúmes... Ele foi se aproximando dela, a garota era bonita, tinha cabelos pretos, pele bronzeada e um corpo de dar inveja. Observei enquanto ele flertava com ela, ainda escontida atrás de meu livro. É claro que ele não iria olhar para mim, eu era a esquisita da sala... A garota que só tira 10 e que sempre está com um livro na mão.

Resolvi sair da quadra, não aguentava mais ver aquela cena. Andei olhando diretamente para o chão, evitando olhar em sua direção. Até que esbarrei em alguém.

- Oh, desculpe-me! - o menino disse.

Corei.

- Eu é que peço desculpas. - sussurrei.

O garoto me olhou e sorriu, sorri timidamente para ele e arrisquei olhar para Carlos. Ele ainda flertava com a garota e ela parecia gostar daquilo, virei o rosto de volta para o garoto, querendo apagar a imagem de minha mente.

- Então... Meu nome é Robson e o seu? Eu sou novato, este é meu primeiro dia.

Não estava muito afim de bater papo com o garoto novo, eu queria era sair daquela quadra.

- Sou Vitória, muito prazer e bem vindo. - nem me preocupei de cumprimentá-lo melhor, sai andando rapidamente sem olhar para trás.

Sentei no banco, sozinha e voltei a ler meu livro até a hora da saída. Eu não faço educação fisica, pois sou uma negação com esportes. Sempre que eu entro na quadra, uma bola acerta meu rosto, parece imã.

Quando olho para frente, vejo Carlos e a novata conversando animadamente ele olhou em volta, passou os olhos por mim, mas pareceu não me ver e roubou-lhe um beijo. Arregalei os olhos e prendendo algumas lágrimas voltei a ler o livro.

- Oi. - ouvi a voz de alguém.

Não respondi, a pessoa deve estar falando com alguém proximo a mim.

- Ei, Vitória!

Levantei o rosto e encontrei o olhar de Robson.

- Você lembrou meu nome. - sussurrei.

- Claro que eu lembrei! Por que não lembraraia? - ele riu e se sentou ao meu lado.

- É que ninguém lembra meu nome, todos me ignoram. - respondi encarando o chão.

- Mas eu não sou assim.

- Fico feliz por isso. - menti.

A verdade é que, eu não me importava nem um pouco se aquele novato lembrava meu nome ou não. Eu só queria que uma única pessoa soubesse meu nome, ao menos olhasse para mim. Automaticamente olhei para Carlos e vi a cena que eu tanto queria esquecer. Ele estava aos beijos com a novata, virei o rosto para esconder algumas lágrimas que saiam.

- Ah, entendi. Você gosta do bonitão ali, né? Ele não faz o seu tipo, você merece alguém que combine mais com você.

Enxuguei a lágrima e o encarei.

- Tipo quem?

- Tipo alguém que goste de ler também, ou que não lhe ignore como todos fazem.

Ri sem humor.

- É, quando você achar alguém assim me avisa. - ironizei.

Observei pelo canto do olho ele tirar da mochila o livro do Percy Jackson.

- Eu já achei, só falta você perceber. - ao dizer isso ele se levantou.

Olhei para o livro que eu estava lendo que, coincidentemente, também era Percy Jackson e tentei me imaginar com ele. Não conseguia, Carlos sempre aparecia em meu pensamento.

Fui para a sala de aula, ignorei quando Robson sentou-se ao meu lado. O professor começou a dar a aula, Robson respondia todas as perguntas corretamente. Aquilo me agradou, talvez eu devesse experimentar o que é bom para mim ao invés de sofrer por um idiota que nunca vai olhar para mim.

Na saída, Robson veio falar comigo e eu o cumprimentei com educação.

- Então, já achou o cara? - ele perguntou sorrindo, ainda com o livro do Percy na mão.

Sorri.

- Eu encontrei sim, mas só falta ele me encontrar. - não sei como tive coragem de dizer isso, mas disse.

- E se ele já tiver encontrado?

- Não tenho como saber.

Então, na frente de todo mundo Robson me roubou um beijo. Foi aí que eu percebi que dois invisiveis se tornam visiveis. Todos olharam e comentaram, mas eu não me importava. Pela primeira vez, eu estava realmente feliz. Por mais que eu não sinta grande coisa por Robson, eu sei que um dia eu posso sentir.

- Agora eu sei. - sorri e o beijei.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A melhor prova de amor.

E lá estavamos nós, de mãos dadas andando pelo parque. Quando estamos juntos, é como se não houvesse mais ninguém neste planeta...
  Ele se aproximou de meu ouvido e sussurou docemente:

- Eu te amo!

Encarei seus lindos olhos e o beijei. Era tão boa a sensação de seus lábios nos meus... Eles se encaixavam perfeitamente, como se fossem feitos um para o outro.

- Eu também te amo! - respondi entre beijos apaixonados.

Então voltamos a caminhar de mãos dadas, ele sussurrava coisas lindas em meu ouvido. Eu estava tão apaixonada e mesmo com todas as coisas lindas que ele me dizia, eu insisti em uma prova.

- Amor, você me ama? - perguntei.
- Mas é claro que eu amo! Sem você minha vida não tem sentido.

Sorri para ele.

- Então faça algo romântico! Faça os pombos trazerem flores para mim... Compre milhões de flores, ursos de pelúcia e chocolates, encha meu quarto com isso!

- Eu não tenho dinheiro para tudo isso, amor.

Uma lágrima escapou de meus olhos.

- Você não me ama? Se me amasse faria de tudo para me ver feliz!

A tristeza tomou conta de seu olhar.

- Eu te amo sim, e muito! Mas não é o meu dinheiro que irá provar isso, e sim as minhas atitudes! Já arrisquei tudo por você, não é verdade? Tudo que estava em meu alcance para lhe fazer feliz, eu fiz.

Exibi meu maior sorriso e pulei em cima dele.

- Obrigada, essa é a melhor prova que você poderia me dar. A prova de que amor é um sentimento, não algo material que se possa comprar! Que amor é atitude, não palavras... Eu só queria saber se você endendia isso!

Após dizer isso, eu o beijei, tendo a certeza de que ele me amava!